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Shirin Neshat |
Shirin Neshat nasceu em 1957, em Qazvin no noroeste do Irã. Seu pai era médico e sua mãe dona de casa. Sobre seus pais, Shirin afirma: “Eles criaram uma imagem fantástica e romântica do ocidente e, lentamente, rejeitaram todos os seus próprios valores, sua identidade lentamente se dissolveu, e foi trocada pelo conforto ocidental. “Como parte da “ocidentalização” Neshat, foi matriculada em uma escola católica em Teerã. Através das ideologias de seu pai veio a aceitação de uma forma de feminismo ocidental. O Pai de Neshat encorajou cada uma de suas filhas filhos a “ser um indivíduo, assumir riscos e aprender a ver o mundo”. No entanto através de seus avós maternos, Neshat aprendeu alguns dos valores religiosos e tradicionais.
Neshat deixou o Irã para estudar arte em Los Angeles na época em que a Revolução Iraniana ocorreu. Após sua pós-graduação, ela se mudou para Nova York e se casou com o curador coreano, Kyong Park, que era o diretor e fundador do Storefront for Art and Architecture, uma organização sem fins lucrativos, onde foi exposta a muitas ideologias que mais tarde se tornariam parte integrante de sua obra.
Em 1990, ela retornou ao Irã e sobre esta experiência ela relata: “Foi provavelmente uma das experiências mais chocantes que eu já tive. A diferença entre o que eu lembrava da cultura iraniana e o que eu vi naquele momento era enorme A mudança foi tanto assustadora quanto excitante. O mais notável, é claro, foi a mudança na aparência física das pessoas e do comportamento público”.
Os primeiros trabalhos de Neshat em fotografias exploravam as noções de feminilidade em relação ao fundamentalismo islâmico e a militância em seu país de origem, como a série “Mulheres de Alá” (1993-97), uma série de retratos em grande formato sobrepostos por caligrafia persa que esteve aqui no Brasil na exposição “Miragens” no Instituto Tomie Ohtake em São Paulo no ano de 2011 (juntamente com outra artista iraniana Shadi Ghadirian, de quem já falamos antes aqui).
Fotografias da Série Mulheres de Allah (1993-97)
Mulheres sem Homens (1996) filmado em Casablanca no Marrocos foi o primeiro longa-metragem dramático de Neshat adaptado do romance de Shahrnush Parsipur. Dirigido por Shirin e pelo também artista visual iraniano Shoja Azari, o filme retrata a vida de quatro mulheres que vivem em Teerã em 1953, durante o golpe apoiado pelos EUA que retornou o xá ao poder do Irã .
Seu trabalho se refere aos códigos sociais, culturais e religiosos da sociedades islâmica e a complexidade de certas oposições, como homem e mulher. Neshat muitas vezes enfatiza este tema em seus filmes, criando gritantes contrastes visuais como claro e escuro, preto e branco, macho e fêmea. Neshat também fez alguns curta metragens narrativos mais tradicionais, como seu trabalho recente, Zarin (nome de uma personagem do filme Mulheres sem Homens).
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Cena do Filme Mulheres sem Homens |
O trabalho de Neshat também aborda as dimensões sociais, políticas e psicológicas da experiência de ser mulher nas sociedades islâmicas contemporâneas. Embora Neshat resista ativamente a representações estereotipadas do Islã, seus objetivos artísticos não são explicitamente criar polêmica. Em vez disso, seu trabalho reconhece as complexas forças intelectuais e religiosas que moldam a identidade das mulheres muçulmanas em todo o mundo. Usando poesia persa e caligrafia ela examinou conceitos como o martírio, o exílio, as questões de identidade e feminilidade.
Neshat se tornou uma das mais conhecidas artistas visuais iranianas no mundo ocidental. Apesar de residir em Nova York, ela aborda um público global. Seu trabalho também símboliza sua tristeza pessoal e a dor da separação de seu país de origem. Ele tomou uma posição neutra sobre o Islã, mas conforme o regime islâmico do Irã tornou-se mais fechado, a arte de Neshat tornou-se mais subversivamente crítica. Ela tenta, de acordo com um artigo na Time, “desvendar a ideologia do Islã através de sua arte.” Neshat, banida de visitar o Irã desde 1996, atualmente vive e trabalha em Nova York .
Neshat se tornou uma das mais conhecidas artistas visuais iranianas no mundo ocidental. Apesar de residir em Nova York, ela aborda um público global. Seu trabalho também símboliza sua tristeza pessoal e a dor da separação de seu país de origem. Ele tomou uma posição neutra sobre o Islã, mas conforme o regime islâmico do Irã tornou-se mais fechado, a arte de Neshat tornou-se mais subversivamente crítica. Ela tenta, de acordo com um artigo na Time, “desvendar a ideologia do Islã através de sua arte.” Neshat, banida de visitar o Irã desde 1996, atualmente vive e trabalha em Nova York .
Turbulent (1998). Vídeo instalação em dois canais.
Neste vídeo dois artistas iranianos, Shoja Azari (dublando uma canção de Shahram Nazeri) e a vocalista e compositora Sussan Deyhim criam uma poderosa metáfora musical sobre a complexidade da diferença entre gêneros masculino e feminino, assim como a força da tradição da música e da poesia presentes na cultura persa ainda hoje.
Baseado em Wikipedia