Os 5 Maiores Eruditos Persas da História da Humanidade

As contribuições islâmicas para a civilização são evidentes em vários campos da atividade humana. Na era medieval o mundo islâmico era um formidável centro cultural e científico enquanto a Europa estava mergulhada na chamada “idade das trevas”. O que poucos sabem é que alguns dos maiores eruditos da civiliação islâmica eram de origem persa. Veja quem foram eles:

1) Khwārizmī   

 Muhammad ibn Mūsā al-Khwārizmī (Khwārizm, Uzbequistão c.780 – Bagdá, c.850) foi um matemático, astrônomo, astrólogo, geógrafo e autor persa.  Era um erudito na Escola da Sabedoria em Bagdá.
  • Seu Kitab al-Jabr wa-l-Muqabala apresentou a primeira solução sistemática das equações lineares e quadráticas. 
  • É considerado o fundador da Álgebra, um crédito que compartilha com Diofante. 
  • No século XII, traduções para o latim de sua obra sobre numerais indianos apresentaram a notação posicional decimal para o Mundo Ocidental. 
  • Revisou a geografia de Ptolomeu e escreveu sobre astronomia e astrologia.
  • Suas contribuições tiveram um grande impacto sobre a linguagem. “Álgebra” é derivado de al-jabr, uma das duas operações que ele usou para resolver equações quadráticas.
  •  O radical de algarismo e algoritmo vem de algoritmi, a forma latina de seu nome. Além do português algarismo, seu nome também deu origem ao espanhol guarismo (dígito).

2) Rāzi 
Muhammad ibn Zakariyā Rāzī (865 – 925) conhecido pelo nome latino de Rasis (e também Rhazes ou Al-Razi), alquimista, médico e filósofo persa, cujos trabalhos em Alquimia e Medicina tiveram grande influência no mundo medieval. 
  • Era um grande conhecedor da medicina grega à que realizou aportes substanciais a partir de suas próprias observações. 
  • Foi o primeiro médico a distinguir a varíola e o sarampo através de sua caracterização clínica das duas doenças. 
  • Como um alquimista, é conhecido por seu estudo do ácido sulfúrico e por sua descoberta do etanol e seu refinamento para uso na medicina. 
  • É o autor da Continens Liber, uma monumental enciclopédia de medicina.

3) Farabi  
Abū Nasr Muhammad ibn Muhammad Fārābī (Farab, Turquistão, ca. 872 – Damasco, 950), mais conhecido no Ocidente como Alfarábi, foi um filósofo muçulmano.Estudou em Bagdá e Harran, viveu na Síria e no Egito, e estabeleceu-se depois na corte do soberano de Alepo, Saif al-Daoula.
  • Inaugurou a grande linha de filósofos muçulmanos da Idade Média, se interessou tanto por química, ciências naturais, física quanto por ética, ciência política e filosofia da religião. 
  • Foi também um  músico e seu Grande livro da música colocou-o entre os principais teóricos do assunto. 
  • A palavra portuguesa alfarrábio é uma simples alteração do seu nome.
  • Na filosofia dizia-se ao mesmo tempo influenciado por Platão e Aristóteles, considerava que as doutrinas dos dois mestres da Antigüidade, longe de serem opostas, se complementavam.
  •  Formulou, com uma clareza até então desconhecida, a distinção entre a existência e a essência. Retomou a teoria aristotélica sobre a eternidade do mundo, o que lhe causou dificuldades com os círculos islâmicos ortodoxos.
  • Grande parte de sua obra é dedicada à política e à economia. Em seu tratado Epístolas sobre as opiniões do povo ou Estado modelo, o filósofo apresentou uma utopia platônica na qual a sociedade é comparada com um grande corpo único que estenderia suas ramificações à totalidade dos homens.

4) Avicena
Abū ʿAlī al-Husayn ibn ʿAbd Allāh ibn Sīnā ( c. 980, Afshana, perto de Bukhara – 1037, Hamadan, Irã), conhecido também como Avicena, médico, filósofo e cientista persa.
  • Suas obras mais famosas são o “Livro da Cura” e o “Cânone da Medicina”, que era o texto padrão em muitas universidades medievais no ocidente. Ela apresenta um sistema completo de medicina em acordo com os princípios de Galeno e Hipócrates).
  • Suas demais obras incluem ainda escritos sobre filosofia, astronomia, alquimia, geografia, psicologia, teologia islâmica, lógica,matemática, física, além de poesia. 
  • Ele é considerado como o mais famoso e influente polímata (erudito de várias áreas) da Era de Ouro Islâmica e também da História da Humanidade.

5) Omar Khayyām 
Ghiyāth ad-Din Abu’l-Fat’h ‘Umar ibn Ibrāhīm al-Khayyām Nīshāpūrī (Nishapur, 1048 – 1131), poeta, matemático e astrônomo iraniano. 
  • Calculou como corrigir o calendário persa. O seu calendário tinha uma margem de erro de um dia a cada 3770 anos. 
  • Contribuiu em álgebra com o método para resolver equações cúbicas pela intersecção de uma parábola com um círculo, que viria a ser retomada séculos depois por Descartes.
  • Sua  filosofia era bastante diferente dos dogmas islâmicos oficiais. Concordou com a existência de Deus mas se opôs à noção de que cada acontecimento era  resultado de intervenção divina. Em vez disso ele apoiou a visão que leis da natureza explicam todos fenômenos particulares da vida observada.
  • Ele demonstrou que a terra gira em torno de seu próprio eixo, e também teorizou que as estrelas eram  objetos fixos no espaço, o que só foi comprovado séculos depois pelos europeus.
  • Como poeta é conhecido pelos Rubaiyat (em português, “quadras” ou “quartetos”), que ficariam famosos no Ocidente a partir da tradução de Edward Fitzgerald, em 1839.

Baseado em Great Iran

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